sábado, 7 de novembro de 2009

Frescurinhas de uma garota tola

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É incrível como, de repente, todos os meus amigos se converteram em casais. Casais nauseantes e extremamente grudentos entre si, que nunca se cansam de beijar uns aos outros enquanto fazem um barulhinho esquisito e irritante. Não diria isso jamais se formasse um casal com alguém, mas não formo e creio que nunca formarei; sinto-me mal apenas de ver um. Quando está perto de mim, então, sinto vontade de chorar, como chorei hoje. É terrível se sentir o único sapato sem par no meio de dois pares lindos e completos, embora eu saiba que pelo menos um não durará muito. O par que eu queria para mim já tem sua cara-metade, sabido isso por via de terceiros, já que jamais troquei uma palavra com ele. Apesar de ser apenas uma droga de um amor platônico, dói muito saber disso, e dói mais ainda ter o conhecimento de nunca ser capaz de contar.

Às vezes (hoje foi um bom exemplo), sinto-me tão estranha e deslocada que começo a duvidar que sou uma garota da Terra. Todas as meninas da minha classe são diferentes de mim. De começo, as acho esquisitas, mas depois vejo que quem é anormal sou eu. Sou uma das únicas meninas de 15 anos que odeia se arrumar. Sou uma das únicas pessoas da minha classe que nunca beijou na boca, prática comum hoje em dia. Sou uma mocinha que se importa mais em prestar atenção às aulas do que discutir sobre maquiagem. Sou completamente adventícia.

Hoje estou com vontade de deitar e não levantar nunca mais. Estou com vontade de cancelar meus projetos e de parar de escrever histórias inúteis. Estou com vontade de nunca mais ter que olhar para os rostos das pessoas da minha classe, de deixar de ir à escola. Não quero fazer prova de Física. Não quero fazer mais nenhuma prova. Não quero mais nada e mais ninguém, só quero ficar quieta e ir morrendo aos poucos.

Tomara que isso passe. Tomara.

Só queria um amor puro como o da Elli e do Sr. Fredricksen, mais nada.